quarta-feira, 21 de novembro de 2012

HISTÓRIA DO HANDEBOL

O Handebol é mais uma das modalidades desportivas que o Velho Mundo nos enviou. Anteriormente, o handebol já apresentou grandes distinções em termos de preferência entre o que se chamou Handebol de campo e handebol de Salão. Hoje, a carência de locais no Brasil, ou melhor, a maior disponibilidade de quadras e não de campos, fez prevalecer o handebol de salão, que absorveu a prática da modalidade em todo País.


No início, quando o desporto foi introduzido no Brasil, foram creditados ao handebol de campo os méritos da organização oficial e do reconhecimento da modalidade como desporto oficial no Brasil.
A primeira Federação de handebol foi a Federação Paulista e o primeiro campeonato oficial da modalidade, disputado no Brasil, ocorreu na cidade de São Paulo, não tendo sido, entretanto, certame estadual e sim um campeonato da capital. Atualmente, nem a própria Federação Paulista de handebol promove competições de handebol de campo. Consequentemente, a Confederação Brasileira de Handebol destina-se, também, exclusivamente, ao handebol de salão.
Essa modalidade do desporto foi, em nosso País, a que mais fez sentir a influência das competições estudantis. Daí, o handebol ganhou o povo e pela prática reiterada alcançou foros de desporto comunitário de alto nível.
O handebol foi idealizado por um professor de educação Física, o alemão Karl Sshelenz que, procurando dar às suas classes femininas uma atividade alegre e movimentada, criou o handebol com base num jogo tcheco chamado “Azena”. Por volta de 1914, Berlim foi palco das primeiras disputas que se desenrolaram num campo de 40x20 metros. Depois passou a ser praticado por homens, por isso, foram modificadas algumas regras e aumentadas as dimensões do campo, passando para 40x80 metros, Mais tarde, as medidas foram igualadas às de um campo de futebol, já com onze jogadores, com a bola reduzida de tamanho, permitindo o manuseio com uma só mão. Isto proporcionou maior movimentação e satisfação na prática do jogo. Esse era o handebol de campo.
Como o idealizador foi um professor de educação física, o handebol, naturalmente tomou maior impulso no meio estudantil. Suas características, facilidade de na aprendizagem e execução natural dos fundamentos, permitiram o emprego da velocidade, movimentação, força nos arremessos, habilidade no manejo da bola, além de proporcionar aos mestres a possibilidade de educar pelo jogo. Difundiu-se na Alemanha, Áustria, Suécia, Dinamarca e Tchecoslováquia, países que realizavam entre si as primeiras partidas internacionais. Em 1927, foi criada a Federação Internacional de Handebol, com 39 países inscritos, mas somente em 1938 foi incluído nos Jogos Olímpicos de Berlim, sagrando-se campeão a Alemanha.
Os rigores dos inverno não permitiam a prática do handebol em campo aberto, fato que levou este esporte a uma adaptação, para que pudesse ser praticado em recinto fechado e de menor tamanho. Coube aos suecos a inovação que foi o “inne-hand-ball” (handebol no interior) ou “hallen-handeball” (handebol de salão) como o chamam os alemães, diminuindo o tamanho do campo e o numero de jogadores, que passou a ser de sete atletas. Com isso, as jogadas ganharam em movimentação e rapidez. A natureza do piso possibilitava a maior movimentação com a bola. O campo, por ser de dimensões menores, permitia a todos os jogadores em campo atacarem e defenderem em bloco, o que imprimia às jogadas uma espantosa velocidade, com grandes possibilidades de gol.
O handebol de salão tornou-se um esporte independente, com técnica e tática própria, suplantando o handebol de campo, que sofreu a concorrência do futebol, mais atraente e já implantado em todos os países do mundo.
O handebol veio para o Brasil por volta de 1930. Difundiu-se inicialmente em São Paulo onde, em 16 de fevereiro de 1940, foi fundada a Federação Paulista de Handebol. Inicialmente, o handebol foi praticado por onze jogadores isoladamente, por grupos de colônias estrangeiras e por alguns clubes classistas e equipes de firmas comerciais. Mais tarde, este esporte obteve grande difusão nos meios estudantis, graças aos professores de educação física, que desenvolveram um trabalho de profundidade nas escolas primárias. Atualmente já se consolidou em grande numero de escolas secundárias e clubes.
A exemplo do futebol, o árbitro, por sorteio antes do inicio da partida, permitirá ao capitão da equipe favorecida no sorteio, que escolha entre a saída da bola ou a escolha do meio campo que pretende defender no primeiro tempo de jogo.
No momento da saída as equipes deverão permanecer com todos os seus jogadores no campo de defesa, devendo ser mantido um afastamento de três metros no minimo da equipe adversária em relação á linha que divide a quadra. A saída pode ser dada em qualquer direção, após a autorização do juiz.
Nenhuma equipe pode iniciar o jogo sem que apresentem em campo no mínimo cinco jogadores e no máximo sete jogadores dos doze que compõem a equipe. Se ocorrer o fato de uma equipe não apresentar os cincos jogadores pelo menos, para iniciar o jogo, será desclassificada e a vitória será da equipe adversária por WxO. 

ALGUMAS REGRAS

Regra 1 – Quadra
A quadra de jogo é um retângulo com 40 metros de comprimento e 20 metros de largura e consiste de duas áreas de gol e uma área de jogo. Os lados maiores são chamados de linhas laterais e os lados menores são chamados linhas de gol (entre os postes da baliza) ou linhas de fundo (em ambos lados da baliza). Deveria haver uma zona de segurança rodeando a quadra de jogo, com a largura de no mínimo 1 metro ao longo das linhas laterais e 2 metros atrás das linhas de fundo. As características da quadra de jogo não devem ser alteradas durante o jogo, de tal forma que traga vantagem só para uma equipe. 
 
1:2 - A baliza é colocada no centro de cada linha de fundo. As balizas devem estar firmemente fixadas ao solo ou nas paredes atrás delas. Elas medem 2 metros de altura e 3 metros de largura no seu interior. Os postes das balizas são unidos por uma barra horizontal. As faces posteriores dos postes devem estar alinhadas com o lado posterior da linha de gol. Os postes e a barra transversal devem ter uma secção quadrada de 8 cm. Nas três faces que são visíveis da quadra, elas devem ser pintadas com faixas de duas cores contrastantes que por sua vez contrastem claramente com o fundo. As balizas devem ter uma rede, fixada de tal jeito, que a bola arremessada dentro da baliza normalmente fique dentro dela.
1:3 - Todas as linhas da quadra fazem parte da superfície que elas delimitam. As linhas de gol devem ter 8 cm de largura entre os postes enquanto todas as outras linhas devem ter 5 cm de largura. As linhas entre duas áreas adjacentes podem ser trocadas por uma pintura completa com cores diferentes entre essas áreas adjacentes no piso da quadra de jogo.
1:4 - Em frente a cada baliza, há uma área de gol. Esta área de gol é definida por uma linha de área de gol (linha de 6 metros), que é marcada como segue: (i) uma linha de 3 metros diretamente em frente da baliza; esta linha é paralela à linha de gol e a 6 metros de distância (medidos desde a face posterior da linha de gol até a face anterior da linha da área de gol); e (ii) por 2 quartos de círculo cada qual com raio de 6 metros (medidos desde o ângulo interno posterior de cada poste da baliza), conectando aquela linha de três metros com a linha de fundo 
1:5 - A linha de tiro livre (linha de 9 metros) é uma linha tracejada a 3 metros de distância da linha da área de gol. Ambos os segmentos da linha e os espaços entre eles medem 15 cm
1:6 - A linha de 7 metros é uma linha com 1 metro de comprimento, marcada diretamente em frente de cada baliza. Ela é paralela à linha de gol, a uma distância de 7 metros (medidos desde a face posterior da linha de gol até a face anterior da linha de 7 metros);
1:7 - A linha de limitação do goleiro (linha de 4 metros) é uma linha de 15 cm de comprimento marcada diretamente em frente de cada baliza. Ela é paralela à linha de gol, a uma distância de 4 metros (medidos desde a face posterior da linha de gol até a face anterior da linha de 4 metros);
1:8 - A linha central une os pontos centrais das duas linhas laterais
1:9 - A zona de substituição (um segmento da linha lateral) se estende a uma distância de 4,5 metros da linha central para cada equipe. Este ponto final da zona de substituição é prolongado por uma linha que é paralela a linha central, se estende 15 cm dentro da quadra e 15 cm fora da quadra

Regra 2 - A Duração da Partida, Sinal de Término e Time-Out

A Duração da Partida
2:1 - A duração normal da partida para todas as equipes com jogadores de idade igual ou acima de 16 anos, é de 2 tempos de 30 minutos. O intervalo de jogo é normalmente de 10 minutos. A duração normal da partida para equipes de jovens é 2 X 25 minutos no grupo de idade entre 12-16 anos e 2 X 20 minutos no grupo de idade entre 8-12 anos, em ambos os casos o intervalo de meio tempo é normalmente de 10 minutos.
2:2 - Uma prorrogação é jogada, após 5 minutos de intervalo, se uma partida acaba empatada no final da duração da partida e um vencedor tem de ser determinado. A prorrogação consiste de 2 períodos de 5 minutos, com um intervalo de 1 minuto.
Se o jogo continuar empatado depois do primeiro tempo extra, um segundo tempo extra é jogado após um intervalo de 5 minutos. Este segundo tempo extra também tem 2 períodos de 5 minutos com um intervalo de 1 minuto.
Se o jogo ainda estiver empatado, o vencedor será determinado de acordo com o regulamento particular da competição.
Sinal de Término
2:3 - O tempo de jogo começa com o apito do árbitro para o tiro de saída inicial. Ele acaba com o sinal de término automático do placar ou do cronometrista. Se o sinal não é dado, os árbitros apitam para indicar que o tempo de jogo acabou .
Comentário:
Se não se dispõe de um placar com sinal automático, o cronometrista deverá usar um cronômetro de mesa ou manual e finalizar o jogo com o sinal de término. Se um placar for usado, ele deveria, se possível, ser programado para funcionar de 0 até 30 minutos.
2:4 - Infrações e condutas anti-desportivas que acontecerem antes ou simultaneamente ao sinal de término (para o intervalo ou final de jogo) serão punidas também, se isto não pôde ser feito até o final do sinal.Os árbitros acabam o jogo somente depois que o tiro livre necessário (exceto tiros livres de acordo com a Regra 13:4) ou tiro de 7 metros tenham sido assinalados e seu resultado imediato tenha de ser estabelecido.
2:5 - O tiro deve ser recobrado, se o sinal de término (para o intervalo ou final de jogo) soar precisamente quando um tiro livre ou um tiro de 7 metros está sendo executado ou quando a bola já está no ar. O resultado imediato deste tiro recobrado tem de ser estabelecido antes dos árbitros finalizarem o jogo.
2:6 - Os jogadores e os oficiais de equipe permanecem sujeitos às punições pessoais pelas infrações ou condutas anti-desportivas que aconteceram durante a execução de um tiro livre ou tiro de 7 metros nas circunstâncias descritas nas Regras 2:4-5. Uma infração durante a execução de tais tiros não pode, contudo, conduzir a um tiro livre em contra.
2:7 - Se os árbitros determinam que o cronometrista deu o sinal de término (para o intervalo ou final de jogo) muito cedo, eles devem manter os jogadores na quadra e jogar o tempo restante.

A equipe que estava em posse de bola no momento do sinal prematuro permanecerá com a posse quando o jogo recomeçar. Se a bola estava fora de jogo, então o jogo é recomeçado com o tiro que corresponde à situação. Se a bola estava em jogo, então o jogo é reiniciado com um tiro livre de acordo com a Regra 13:4 a-b.
Se o primeiro período do jogo (ou um período extra) for terminado muito tarde, o segundo período deve ser encurtado correspondentemente.Se o segundo período do jogo (ou um período extra) terminou muito tarde, então os árbitros não estão em posição de mudar nada mais.

Time-Out
2:8 - Os árbitros decidem por quanto tempo e quando, o tempo de jogo tem de ser interrompido ("time-out").
Um time-out é obrigatório quando:
a) uma exclusão de 2-minutos , desqualificação ou expulsão é dada;
b) um tiro de 7 metros é assinalado;
c) um tempo-técnico é concedido;
d) há uma falta de substituição ou um jogador "extra" entra na quadra;
e) há um sinal de apito vindo do cronometrista ou do Delegado Técnico;
f) consultas entre os árbitros são necessárias de acordo com a Regra 17:8.

Um time-out normalmente também é dado em certas outras ocasiões, dependendo das circunstâncias  Infrações durante um time-out tem as mesmas conseqüências que as infrações ocorridas durante o tempo de jogo 
2:9 - Os árbitros mostram ao cronometrista um sinal quando o cronômetro vai ser parado e reiniciado no momento do time-out.
A interrupção do tempo de jogo é indicada ao cronometrista através de três apitos curtos e o sinal manual Nº 16.
O apito sempre deve soar para indicar o reinício do jogo, após um time-out (15:3b).
2:10 - Cada equipe tem o direito de receber um tempo-técnico de 1-minuto em cada meio período de tempo de jogo regular.  >> inicio

Regra 3 - Jogo & Bola
3:1 - A bola é feita de couro ou material sintético. Ela deve ser esférica. Sua superfície não pode ser brilhante nem escorregadia
3:2 - As medidas da bola, ou seja, a circunferência e o peso, que serão usadas pelas diferentes categorias de equipes são as seguintes:
- 58-60 cm e 425-475 g (tamanho 3 da IHF) para homens e equipes masculinas jovens (acima de 16 anos); - 54-56 cm e 325-375 g (tamanho 2 da IHF) para mulheres, equipes femininas jovens (acima de 14 anos) e equipes masculinas jovens (entre 12 e 16 anos);
- 50-52 cm e 290-330 g (tamanho 1 da IHF) para equipes femininas jovens (entre 8 e 14 anos) e equipes masculinas jovens (entre 8 e 12 anos).
Comentário:
O requerimento técnico para as bolas serem usadas em todos os jogos internacionais estão contidos nos "Regulamentos das Bolas da IHF".
O tamanho e peso das bolas para serem usadas no "Mini-Handebol" não são regulamentadas nas regras normais de jogo.
3:3 - Para cada jogo, deve haver pelo menos duas bolas disponíveis. As bolas reservas devem estar disponíveis para uso imediato na mesa de controle durante o jogo. As bolas devem estar de acordo com os requisitos das Regras 3:1-2.
3:4 - Os árbitros decidem quando usar a bola reserva. Em tais casos, os árbitros devem colocar a bola reserva em jogo rapidamente, para diminuir interrupções e evitar time-outs.

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